A XP afirmou nesta quarta-feira (12) que tomou conhecimento de “informações falsas, incorretas e imprecisas” sobre a companhia divulgadas pela Grizzly Research e que tomará medidas legais contra a empresa de análise norte-americana.
“A XP tomou conhecimento de informações falsas, incorretas e imprecisas divulgadas recentemente pela Grizzly Research e reforça seu comprometimento com a ética, a transparência, a conformidade regulatória, a governança e o cumprimento da lei”, afirmou em comunicado.
“Serão tomadas todas as medidas legais cabíveis contra a Grizzly Research”, acrescentou a XP, afirmando que a companhia cumpre com a lei, segue todas as normas estabelecidas por órgãos reguladores e tem suas operações auditadas regularmente por instituições independentes.
A Grizzly Research escreveu em seu relatório que a XP estaria operando “um esquema Ponzi massivo facilitado por certas vendas de derivativos para clientes de varejo”, que poderia “levar a profundas consequências para a estabilidade financeira e reputação da XP”.
A Grizzly Research se apresenta como uma empresa focada em produzir insights de pesquisa diferenciados sobre empresas de capital aberto por meio de due diligence (análise prévia) aprofundada.
Segundo a consultoria, no centro do esquema estaria o fundo Gladius, cujo retorno foi de 2.419% nos últimos 5 anos com baixa volatilidade. A lucratividade do Gladius, disse a Grizzly Research, está baseada nos Certificados de Operações Estruturadas, “produtos de investimento predatórios que a XP empurra agressivamente para seus clientes”.
A Reuters não pôde verificar de forma independente as alegações presentes no relatório da Grizzly Research.
As ações da XP caíram 5,48% em Nova York, a US$ 14,14, tendo chegado a US$ 14,06 na mínima do dia. O fundo acumula alta de cerca de 20% no ano.
No quarto trimestre de 2024, a XP registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,2 bilhão, alta de 16% em relação ao mesmo período em 2023. Na base trimestral, houve uma expansão de 2%.
A receita bruta somou R$ 4,7 bilhões, acréscimo de 10% ano a ano e de 4% frente ao trimestre anterior, com o varejo mostrando avanço de 13% e 2%, respectivamente, para quase R$ 3,6 bilhões. O segmento institucional apurou queda de 20% na comparação anual e de 2% na trimestral, e o de grandes empresas e mercados de capitais teve alta de 18% e 9%, respectivamente.
Com Reuters