As principais Bolsas pelo mundo operam em alta nesta terça-feira (15) após o presidente dos EUA, Donald Trump, indicar que pode adotar medidas para ajudar a indústria automotiva da América do Norte e também criar tarifas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos.
Os anúncios de Trump na segunda-feira (14) geraram incerteza nos investidores, que esperam uma maior clareza sobre a situação comercial. A maioria das Bolsas na Ásia fechou em alta de até 1%, os índices na Europa abriram com valorização de até 2%, enquanto os futuros das ações dos EUA se valorizavam em até 1%.
Entre os principais índices asiáticos, a maior variação foi registrada em Taiwan, que fechou em alta de 1,77%. Na China, o índice CSI300, que reúne as principais companhias listadas em Xangai e Shenzhen, oscilou 0,06% para cima, e o SSEC, de Xangai, avançou 0,15%. Já a Bolsa de Tóquio ganhou 0,84%.
“A situação tarifária entre os EUA e a China é altamente fluida, com mudanças ocorrendo quase a cada hora”, afirmou Yan Wang, estrategista-chefe de mercados emergentes e da China da Alpine Macro, em uma nota.
Na Europa, as principais Bolsas abriram em alta de 2%, mas depois diminuíram a valorização. Às 9h17 (horário de Brasília), o índice STOXX 600, referência no continente, subia 0,36%. Já em Madri, a alta era de 1,43%, mesmo patamar registrado em Milão, na Itália. A Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, valorizava 0,81%, e a Londres, 0,74%.
O mesmo quadro era visto nos EUA antes da abertura do mercado. Às 7h56, o futuro das ações da Nasdaq registrava elevação de 0,2%, enquanto a S&P 500 subia 0,1% e a Dow Jones, 0,02%.
“Os mercados estavam ansiosos por qualquer sinal de positividade”, disse Dan Boardman-Weston, CEO e CIO da BRI Wealth Management. “O anúncio sobre eletrônicos e telefones no fim de semana foi útil para o sentimento e você viu os mercados subirem um pouco nos últimos dias”, comentou.
Os analistas permaneceram cautelosos, no entanto, já que a incerteza sobre as políticas comerciais de Trump, e suas constantes idas e vindas sobre tarifas, continuaram a lançar uma sombra sobre os mercados e a perspectiva econômica global.
Como um lembrete de que os mercados ainda não estão fora de perigo, a China ordenou que suas companhias aéreas não aceitassem mais entregas de jatos da Boeing, de acordo com informações da agência de notícias Bloomberg na terça-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
Os preços do petróleo caíram na segunda-feira depois que a AIE (Agência Internacional de Energia) cortou sua previsão de demanda por petróleo. Os futuros do Brent caíram 0,4% para US$ 64,62 o valor do barril, enquanto o petróleo WTI (West Texas Intermediate), referência dos EUA, caiu 0,5% para US$ 61,26. O ouro se valorizou 0,3%, fechando perto de seu recorde histórico, que é de US$ 3.219 por onça.
Com informações da Reuters e do Financial Times