O BTG Pactual terá de enviar a lista de acionistas da Rossi Residencial, uma das mais tradicionais incorporadoras do país, à Câmara de Arbitragem do Mercado da B3 para pôr fim a uma disputa entre os fundadores da empresa e o investidor Silvio Tini de Araújo que, segundo eles, estaria tomando o controle da empresa junto com outros quatro acionistas ligados a ele.
A construtora tem ações na Bolsa e está em recuperação judicial com uma dívida de cerca de R$ 1,3 bilhão. Há reclamações de que foram realizadas compra e venda de papéis sem ter passado pelo mercado.
Como noticiou o Painel S.A., Tini teve seus direitos políticos suspensos na companhia por decisão da câmara arbitral.
Recentemente, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) questionou a Rossi sobre a divulgação de possível formação de bloco de controle na companhia.
O ofício foi enviado a Maria Pia Orleans de Bragança, que acumula funções de CEO e diretora de relações com o mercado. A executiva é uma advogada que já atuou para a Bonsucex, empresa do grupo de Silvio Tini.
Na resposta, a empresa afirmou à CVM que “não procede, e entende que não deve proceder, à divulgação da participação de tais acionistas como um grupo único, da mesma forma que não divulga a participação detida pelos reclamantes”.
Apesar disso, a companhia diz à CVM que Luciana Rossi Cuppoloni, irmã dos reclamantes, formam um grupo e eles votam sempre em conjunto, “vinculados entre si”.
A CVM, então, determinou que seja enviada a lista completa de quem possui mais de 5% das ações ou de grupos de acionistas que “agem em conjunto ou que representam o mesmo interesse”.
Procurados, os fundadores não quiseram se manifestar porque o processo está sob sigilo. A Rossi não respondeu e Silvio Tini de Araújo não responderam até a publicação desta reportagem.
Com Stéfanie Rigamonti
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