O governo do Rio de Janeiro contratou a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para ajudar no cálculo da nova tarifa do metrô, que hoje é a mais cara do Brasil, e avaliar a capacidade de subsídio do estado para reduzir o preço o máximo possível. Isso às vésperas de uma nova alta nos bilhetes que será implementada em abril, quando as passagens passarão de R$ 7,50 para R$ 7,90.
Hoje, o valor da passagem é calculado conforme o que a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) chama de tarifa técnica, que varia de acordo com os contratos de concessão.
A partir dos estudos da Fipe, a Setram quer rever e modernizar os atuais contratos e mudar a forma de remuneração dos operadores —que deixará de ser via tarifa paga pelo passageiro e passará a ser efetuada pelo poder público.
O estado, por sua vez, deverá remunerar a concessionária seguindo métricas objetivas, como quilômetro rodado, por exemplo. O governo também está levando em consideração nesse processo as exigências do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
Retomada de obra parada há dez anos
A gestão de Cláudio Castro também encomendou à Fipe estudos para um contrato com as concessionárias MetrôRio e Rio Barra, para que seja possível a conclusão da obra da estação Gávea, da linha 4, paralisada há quase dez anos e adiada por diversas vezes.
O contrato prevê a unificação da operação das linhas 1, 2 e 4, que ficarão sob a operação da concessionária MetrôRio, que é controlada pela holding HMOBI Participações. Seus sócios são o fundo árabe Mubadala, com 51,52% de participação, e os bilionários fundos de pensão: Previ (23,49%), dos funcionários do Banco do Brasil; Funcef (19,10%), da Caixa; e Petros (5,88%), da Petrobras.
Ao assumir a obra do metrô Gávea, a concessionária MetrôRio —que hoje explora as linhas 1 e 2— passará a explorar o trecho da Linha 4, atualmente sob operação da Rio Barra.
A MetrôRio vai investir R$ 600 milhões na obra. Em troca, a concessionária terá o contrato de exploração da linha estendido por mais dez anos, finalizando em 2048.
A Fipe vai auxiliar o governo do Rio na definição do fluxo de caixa dos cofres públicos para evitar endividamento.
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