A dívida bruta do Brasil voltou a subir em fevereiro e atingiu 76,2% do PIB (Produto Interno Bruto), aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (8).
A dívida bruta compreende números do governo federal, do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de governos estaduais e municipais. Esse é um dos principais indicadores econômicos observados pelos investidores na hora de avaliar a saúde das contas públicas.
A comparação é feita em relação ao PIB para mostrar se a dívida do governo é sustentável. A trajetória da dívida bruta é hoje um dos focos de preocupação do mercado financeiro e da própria equipe econômica.
Já a dívida líquida, que desconta os ativos do governo, subiu 0,3 ponto percentual e chegou a 61,4% do PIB em fevereiro –saldo de R$ 7,3 trilhões.
Ainda segundo dados do BC, o setor público consolidado brasileiro registrou um déficit primário de R$ 19 bilhões em fevereiro. Um ano antes, o resultado deficitário foi de R$ 48,7 bilhões no mesmo mês. A despesa com juros foi de R$ 78,3 bilhões.
O montante engloba os resultados de governo central (Tesouro Nacional, BC e Previdência), governos estaduais e municipais e de empresas estatais.
O saldo negativo das contas públicas foi puxado pelo déficit de R$ 28,5 bilhões do governo central. Os estados e municípios, por sua vez, tiveram um superávit de R$ 9,2 bilhões em fevereiro, enquanto as empresas estatais tiveram um resultado positivo de R$ 299 milhões.
Em 12 meses, o setor público consolidado acumula déficit de R$ 15,9 bilhões, equivalente a 0,13% do PIB.