As ações asiáticas abriram em alta nesta terça-feira (8), um dia depois de registrarem mínimas recordes diante de incertezas sobre o tarifaço global anunciado pelo presidente Donald Trump.
As ações da bolsa japonesa Nikkei subiam 6,02% nas primeiras negociações desta terça, após fecharem com uma queda de 7,8% no dia anterior. Já o índice Topix, também do Japão, avançava 6,54%.
Nesta segunda-feira, Trump indicou o Japão como um dos países no caminho para negociar um acordo comercial após a imposição das tarifas. Trump conversou pela manhã com o primeiro-ministro Shigeru Ishibae, e disse que vai receber um time de negociadores de Tóquio. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, publicou no X que foi escolhido para liderar as conversas com o país asiático.
“Importante destacar que um pequeno raio de esperança começa a surgir, indicando que os EUA estão genuinamente abertos a negociações comerciais. O exemplo mais significativo é Japão”, disse Tapas Strickland, chefe de economia de mercado do National Australia Bank. Ele ressalta, no entanto, que o mercado ainda está extremamente volátil.
O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 1,7% nas negociações iniciais. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, na China, avançaram 0,6% na abertura.
Durante entrevista na Casa Branca nesta segunda, Trump reforçou que “não está considerando pausar as tarifas” e disse que elas poderão ser permanentes. Ao mesmo tempo, afirmou estar aberto a negociações. Segundo ele, já houve “um progresso tremendo” nas conversas com outros parceiros.
Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, afirmou que os EUA foram procurados por mais de 50 nações interessadas em negociar, mas que “após décadas e décadas” de supostas injustiças com os americanos, seria difícil convencer Trump a assinar um acordo.
Apesar dos sinais de alguma negociação entre os Estados Unidos e alguns países, a crescente disputa tarifária entre as duas maiores economias do mundo mostra poucos sinais de desaceleração. Trump ameaçou aumentar ainda mais as tarifas sobre a China, que já respondeu que irá “até o fim” na escalada.