O BNDES tem a chance de ampliar seus ganhos com as ações da JBS em cerca de R$ 12,7 bilhões com a dupla listagem da companhia nas Bolsas de Valores do Brasil (B3) e dos EUA (Nyse). O BNDES detém 20,8% de participação na empresa de alimentos dos irmãos Batista.
Nesta segunda (17), o banco anunciou um acordo com a J&F, controladora da JBS, para se abster da votação na assembleia de acionistas que decidirá sobre a abertura de capital nos EUA assim que a SEC, o regulador norte-americano do mercado de capitais, der o aval.
A expectativa é que isso ocorra até o fim do terceiro trimestre deste ano.
Em troca, e como parte do acordo, a J&F, controladora da JBS, pagará R$ 500 milhões ao BNDES caso as ações não atinjam determinado patamar até o segundo semestre de 2026, uma espécie de seguro.
Esse movimento reflete uma tentativa de destravamento do valor de mercado da JBS, que está muito abaixo de empresas do mesmo ramo.
A Pilgrim´s, onde a JBS detém 83% de participação, o valor do negócio equivale a 6,4 vezes o lucro antes de impostos, tributos, depreciações e amortizações (Ebitda|).
Esse parâmetro serviu de referência para o cálculo feito pela JBS do potencial de valorização com a dupla listagem nos EUA.
Essa média de mercado das empresas do mesmo nos EUA varia entre 8 e 12 vezes o Ebitda, o que sinaliza para o potencial de ganhos para o JBS caso também passe a negociar seus papéis (ações e outros títulos) na Bolsa norte-americana.
Com Stéfanie Rigamonti
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