O Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, está negociando com bancos globais e formadores de mercado a fim de criar um consórcio com até dez parceiros para fornecer liquidez para a nova Bolsa de Valores no Rio de Janeiro, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto à Reuters.
Em troca, esses parceiros receberiam capital que diluiria modestamente a participação atual de 73% do Mubadala na nova Bolsa, que será chamada de Base Exchange, acrescentaram as fontes, observando que o fundo permaneceria como controlador.
O Mubadala não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O fundo soberano vem trabalhando com a empresa de consultoria independente Olimpia Partners há vários meses para estruturar o acordo, embora nenhum contrato tenha sido assinado ainda, disseram as fontes, acrescentando que o ideal seria que o consórcio fosse formado por seis a dez membros.
A Olimpia não quis comentar.
A nova Bolsa, que seria a segunda do país quando estiver em operação, espera aprovação regulatória até o final do ano antes de ser lançada, possivelmente no início de 2026, desafiando o domínio da B3, sediada em São Paulo.
A criação da Bolsa recebeu apoio do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que sancionou uma lei reduzindo o imposto sobre serviços nas atividades da bolsa de valores de 5% para 2%.