A Kilimanjaro Telecom, de Uganda, quer replicar no Nilo Branco, um dos afluentes do rio Nilo, o projeto brasileiro Norte Conectado, que pretende passar 12 mil km de cabos de fibras ópticas pelo leito do Amazonas para levar internet em banda larga à região.
Nesta semana, o CEO da operadora africana, Alex Nkuyahaga, esteve no Ministério das Comunicações para conhecer detalhes técnicos do projeto e seguiu para o rio Amazonas.
“Foi bom obter a perspectiva do governo brasileiro, aprender e poder compartilhar com nossos governos na África, para que eles saibam que isso é um projeto possível no continente”, disse Nkuyahaga.
O projeto brasileiro prevê R$ 1,3 bilhão para a construção de oito infovias, as chamadas estradas digitais, que usam o cabeamento para ligar 59 cidades no Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.
Cada infovia é feita de cabos compostos por 24 pares de fibra óptica. Cada par possui capacidade de até 20Tb (Terabites) por segundo. Ou seja, pode transmitir simultaneamente o equivalente a 200 mil vídeos de streaming em HD com altíssima qualidade. Os cabos foram feitos para durarem ao menos 25 anos submersos.
Até o momento, já foram instaladas quatro infovias, uma está em fase final e outras três serão implantadas até 2026.
“Esta foi uma solução inovadora para resolver uma necessidade com características muito brasileiras. Estamos de portas abertas para que essa ideia possa ser utilizada em mais países. Temos um acordo com a Colômbia e concluímos no mês passado uma extensão dessa infraestrutura até a cidade de Leticia, na tríplice fronteira amazônica com o Peru”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
Com Stéfanie Rigamonti
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