Uma nova análise do Center for Automotive Research revelou que as tarifas automotivas de 25% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início de abril, aumentarão os custos em cerca de US$ 108 bilhões para as montadoras dos EUA em 2025.
O estudo, divulgado nesta quinta-feira (10) pela organização constatou que as grandes montadoras de Detroit —Ford, General Motors e Stellantis (fabricante de Jeeps e caminhões Ram)—, especificamente, terão um aumento de custos de US$ 42 bilhões.
O estudo constatou que as três montadoras podem sofrer tarifas sobre carros e peças importadas acima da média do setor.
As tarifas de importação automotiva entraram em vigor em 3 de abril, causando ondas de choque em todo o setor, uma vez que os suprimentos vêm de todas as partes do mundo. Os veículos fabricados no México e no Canadá estão sujeitos à taxa, mas os fabricantes de automóveis que cumprem os termos do USMCA (Acordo EUA-México-Canadá) podem deduzir o valor do conteúdo dos EUA.
As tarifas levaram as montadoras a fazer mudanças na produção, com a GM aumentando a produção de caminhões em uma fábrica em Indiana e a Stellantis encerrando temporariamente a produção em uma fábrica no México e outra no Canadá. Essas mudanças afetaram cinco instalações dos EUA que estão conectadas a elas.
O estudo estima que as três montadoras terão um custo médio da tarifa para peças importadas de US$ 4.911 por veículo, mais alto do que a média geral do setor de US$ 4.239.
Para veículos importados, o estudo constatou que o custo médio da tarifa por veículo é de US$ 8.722 para o setor em geral e US$ 8.641 para as três montadoras de Detroit.
Matt Blunt, presidente do American Automotive Policy Council, que representa as três montadoras, disse em um comunicado que o estudo “demonstra o custo significativo que uma tarifa de 25% terá sobre a indústria automotiva. As montadoras americanas Ford, GM e Stellantis pretendem manter diálogo contínuo com o governo para atingir nosso objetivo comum de aumentar a produção automotiva dos EUA”.
A GM e a Stellantis não responderam ao comentário do grupo comercial e a Ford não estava disponível imediatamente.